Domingo à tarde soa a balancete emocional. Não me afeta a pilha de louça suja na pia, nem a cama desarrumada, ou a poeira misturada às migalhas no chão. O mundo já se acostumou ao meu caos. Minha inaptidão à organizãção doméstica já deve ter virado lenda. Isso nada me provoca. A aceitação já encontrou seu lugar na turbulência do meu cotidiano.
domingo, 21 de setembro de 2008
AUSÊNCIA PATERNA
E vou ter que salvar minha alma mais uma vez . Evitar que ela se espatife no chão como um velho e lascado prato que alguém esqueceu de atirar contra a parede. E vou sobrecarregar meu fígado com bombons de muitas cores e sabores para assim refrear o fluxo que me lembra a vida que eu não adocei o suficiente.
Mais uma vez dizer adeus com os olhos já secos, após meses de gestação enlutada e dores sufocadas na lama da ressaca. Minha saudade nasceu ontem, ou veio à luz, límpida, sem camadas de placenta, sem mais ser alimentada pelas minhas entranhas... ainda viverá do alimento interior, gerado pelo coração que nada esquece do amor sentido.
Alternando dias de muito sol e outros de muita sombra, varrendo os porões do que já não pode ser. Já é hora de entender que foi melhor assim, que os vilões nunca existiram , que ora é a fatalidade, ora é a realidade que nos envia um convite desagradável.
E quando os olhos se fecham e restam os sonhos ou os pesadelos mais densos , mais enraizados, ainda assim se tem força para sobreviver ao luto, à perda .
Os meses passam, os dias começam a se avolumar num corredor de recordações que enchem de alegria um momento ou dois. Carregam o sentido de tudo e aliviam a angústia que se formou sem permissão.
Todos nós tínhamos de ser fortes, mas a queda foi inevitável, pois a rede de proteção sob nossos pés mostrou-se muito frágil . E assim revelamos as lágrimas dispersas em mares de suspiros , abraços, pêsames...Quase adquirimos novos rostos, novas identidades, para enfrentar a nova era que nos acenava com desconfiança.
E vou ter que brilhar novamente, enxertar em mim as lembranças mais doces e as mais perversas, desviando das depressões nesse imenso labirinto em que todos aqueles que amam se perdem de vez em quando.
Mais uma vez dizer adeus com os olhos já secos, após meses de gestação enlutada e dores sufocadas na lama da ressaca. Minha saudade nasceu ontem, ou veio à luz, límpida, sem camadas de placenta, sem mais ser alimentada pelas minhas entranhas... ainda viverá do alimento interior, gerado pelo coração que nada esquece do amor sentido.
Alternando dias de muito sol e outros de muita sombra, varrendo os porões do que já não pode ser. Já é hora de entender que foi melhor assim, que os vilões nunca existiram , que ora é a fatalidade, ora é a realidade que nos envia um convite desagradável.
E quando os olhos se fecham e restam os sonhos ou os pesadelos mais densos , mais enraizados, ainda assim se tem força para sobreviver ao luto, à perda .
Os meses passam, os dias começam a se avolumar num corredor de recordações que enchem de alegria um momento ou dois. Carregam o sentido de tudo e aliviam a angústia que se formou sem permissão.
Todos nós tínhamos de ser fortes, mas a queda foi inevitável, pois a rede de proteção sob nossos pés mostrou-se muito frágil . E assim revelamos as lágrimas dispersas em mares de suspiros , abraços, pêsames...Quase adquirimos novos rostos, novas identidades, para enfrentar a nova era que nos acenava com desconfiança.
E vou ter que brilhar novamente, enxertar em mim as lembranças mais doces e as mais perversas, desviando das depressões nesse imenso labirinto em que todos aqueles que amam se perdem de vez em quando.
A música e os acordes internos
Impressionante o efeito da música nos meus sentimentos! Vira tudo um enorme videoclip, às vezes com efeitos especiais e crítica favorável.
Duas músicas despertam no momento nostalgia - The Blowers Daughter (do filme Closer - com uma boa dose de melancolia) e Quando a Chuva Passar , na voz de Ivete Sangalo- que toca na hora do relaxamento na aula de hidroginástica e quase me arranca lágrimas de cloro. Uma não tem nada a ver com a outra, mas às vezes eu também não tenho nada a ver comigo. Eu acho que é importante entregar à alma a um poço de melancolia de vez em quando, mergulhar em águas densas de humildade, que nos resgate a pureza dos primeiros passos.
sábado, 20 de setembro de 2008
Por que não eu?
Depois de ver atrizes, modelos e afins exibirem suas experiências em blogs verdadeiros e outros nem tanto, resolvi me arriscar antes que outro aventureiro lance mão. Sem compromisso, sem grandes ameaças à Língua Portuguesa, sem muito pensar ou pesar. Vamos ver no que dá.
beijos
beijos
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