segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Qual o tamanho da sua família?


Cresci acreditando que minha família era um conjunto de sete pessoas. Não éramos seis. Éramos sete: papai, mamãe e cinco filhinhos. Quase uma família urso, ou família Crusoé, dependendo do clima do mês e humor dos participantes. Se seguisse por esta lógica infantil, hoje seríamos cinco. Encolhemos! Não. Na minha visão pós-balzaquiana, expandimos. Meus irmãos casaram, um atrás do outro e assim agregaram ao nosso núcleo cunhados, sogros, tios presentes, primos distantes, bebês cativantes. Os sobrinhos nasceram, cresceram e encontraram seus amigos-irmãos. Todos foram sendo atraídos como metal ao ímã, ou nós a eles nos rendemos. O fato é que as festas e reuniões não são mais as mesmas dos anos 70. Não reunimos sete pessoas ao redor de um bolo de frutas com fios de ovos e cantamos um singelo “parabéns para você”. A lista de convidados se desenrola até o chão e confundimos irmãos com amigos, existindo mais afinidade do que rivalidade. A prima da irmã do tio do meu cunhado não tem um cromossomo em comum comigo mas a energia é totalmente familiar.
O mundo é minha família? Não chegaria a tanto, já que teria de deserdar boa parte dos membros dessa família universal.
O tamanho da sua família é aquele da sua capacidade de acolher novos amigos e amores na sua vida. Família é tudo de bom !





2 comentários:

Anônimo disse...

Família me amedronta, me sinto só no meio dela... Cresci sabendo somente o que é mãe, pai e irmão.
Ontem conversávamos exatamente sobre isto: o pai de minha sogra tinha 70 netos! Uma amiga tem 80 sobrinhos! Mamma mia!
Não acredito em laços de sangue, talvez exatamente pelo fato de n ter família grande ou ter me decepcionado com ela.
Repito uma frase do Gasparetto: a verdadeira família n é unida pelo sangue, e sim, pelo espírito.

Ana Ribeiro disse...

Citando a fala da Lilo no filme da Disney "Ohana quer dizer 'família' e 'família' quer dizer 'nunca abandonar ou esquecer'.", eu realmente acredito nestas palavras.E não posso deixar de dizer que concordo com você, os laços de sangue aceitam doações de novos cromossomos, transfusões são bem-vindas! Uma boa vivência é mais do que amizade, é família!

Adorei o post! Beijos

Ana R.