sábado, 24 de abril de 2010

E a saga continua...



E a nossa heroina percebeu que, às vezes, tudo parece errado, fora do lugar, como cantar sozinho na escuridão. Entendeu que já vira demais nesta vida e se aproximava de um final qualquer que não corres-pondia às suas expectativas mais caras .


Num impulso, Manuela voltou à tona, meio desesperada com a necessidade de respirar e a angústia de continuar lutando sem uma razão boa o bastante. Os dias iam se acumulando na esteira dos acontecimentos. Todo mundo às vezes se esconde no breu do desconhecido, pensou quase conformada.

Ela sabia que muitas vezes, tudo parecia nublado, fora do foco, como mergulhar no fog londrino. Achava que já tinha vivido isso antes, mas de repente tudo se transformava.

Algo que nunca acontecera poderia salvar suas esperanças. O dia se iluminaria no meio de um atormentado movimento de surpresa.

Manuela nem sempre carregava suas armas. Nem sempre se acostumava com a miséria emocional. Nem sempre levantava os olhos para enxergar o seu oponente: o tempo. Por isso, às vezes, tudo se perdia na indiferença.

Quando ela considerava tudo o que já experimentara, o meio pareceu longo demais para justificar um fim que lhe parecia estranho. Tudo surgia meio assim sem cor, sem mãos dadas , sem leveza no olhar... sem risos entre cobertas quentes e macias.

E ela, que pensava que já vira mais do que o suficiente, sorriu quase envergonhada. A vida parecia fazer graça da sua falta de humor.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esperança?

prisvrocha@gmail.com disse...

Olá, querida... seja muito bem vinda ao meu blog e obrigada por participar do sorteio. Se quiser divulgá-lo aqui terá uma segunda chance no sorteio.
Já sou sua seguidora também.
Boa sorte.

Bjinhossss

www.rosaturquesa.blogspot.com