sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A SENHA

Combinações numéricas. Combinações alfabéticas. Descombinei tudo. Sem sentido decifrar esse segredo. No entanto, lá vai a mente desvendar o que alarma o físico. Erro. De novo. Reprogramo as letras, embaralho os números e revejo datas que deveriam ser inesquecíveis.
Aceito que o secreto se faça presente. Dele depende minha sensatez. Se eu já soubesse tudo e tivesse todas as respostas, o que me restaria fazer aqui? Olhar o tempo passar e oferecer minha sabedoria baseada em fatos?
Olho a tela. O vazio me surpreende. Gostaria de ver o correto ganhar espaço. Minha escolha ser aceita. Receber um sorriso de volta como gentileza do dia. Ah, mas não forneço minhas alternativas. Desejo ter o poder de adentrar na conta, na vida, na corte real que acompanha meus sonhos. Simples assim.
Notas musicais intercalam-se com cálculos muito exatos. O conhecimento traz a ignorância do mais simples. Os vazios instalam-se no vão das dúvidas. Conto os algarismos, refazendo as somas, multiplicando as expectativas do acerto.
Negocio com o mistério. Talvez no amanhã a resposta apareça. Ou não. Fica suspensa a chave do que não quer se revelar.
 


Um comentário:

Ana Silva disse...

Não sei se é caldeirão ou sopa de letrinhas...