domingo, 5 de janeiro de 2014

OUTRO BAILE

 
Sei que não é certo, mas vim assim mesmo. Faces desnudas, coração disparado, esperança contida. 
Deveria ter usado uma das máscaras que me ofereceram, mas não me caíram bem. Todas parecem uma mistura dos boatos em que nunca acreditei. 
Por isso, este rosto que vê é meu. Estas linhas que se harmonizam e desafiam são minhas também. 
Passei aqui quase por acaso. Um sem querer repetido tantas vezes que já decorei o endereço da indiferença. Tanto faz, diz a plaqueta logo na entrada. 
Bater novamente na mesma porta é uma opção. Minha, também. 
Quem sabe seja hoje o dia? Quem sabe se abra a oportunidade? 
Não me ofereça qualquer disfarce. Não uso máscaras e me despi de todas as fantasias. 
Esse será um outro baile. Quer dançar comigo?


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