quarta-feira, 27 de agosto de 2014

DESTRAVAR


Tudo aquilo e mais um pouco. Travas, cadeados, senhas. A mente repleta de enredos prestes a acontecer. Avalanche contida por redes de raciocínio e lógica. Fantasias sob a lâmina fria da experiência. 
Poderia destranca
r portões com uma ou duas palavras. Ou talvez arrombar resistências com insistente sorriso. Permitir que o destino siga pelo caminho, que tudo conspire a favor.
Poderia se entregar, rasgar contratos, calar dúvidas e conflitos. Deixar afinal a areia movediça moldar os sentimentos. Aceitar beijos e abraços. Abrigar-se no oceano dos sonhos até perder o ar e debater-se em vão.
Deixaria ir sensatez e bom senso. Não mais em esconderijo seguro, a camuflagem dos dias ainda sem contar.
Descruzaria braços para caber em um abraço. Sem remorsos. Sem amarras.

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