A água corre ao contrário, some no redemoinho desconstruído do tempo. O caminho não é de ida. Também, não oferece volta. Talvez, seja pausa e descanso. Talvez, seja mais de mim mesma.
Meus olhos não focam, não escolhem paisagens além do horizonte. As cores multiplicam-se, em giros contínuos e cada vez mais velozes.Misturam-se, contaminando a hora e a dúvida. Na tontura do momento, tingem a vida de branco. Há paz.
Não existe nada adiante que convença meus sentidos. Não há procura onde já brotou a curiosa atenção. Agora, arado o solo, a água espera o chamado da semente. Não colho, nem escolho.
As mensagens são apagadas, as fotos rasgadas, as palavras esquecidas. O branco domina tela, papel, mente.
O merecido acaso desfaz as pegadas na areia do esperar. Posso agora seguir, tropeçar, confundir os dias e deixar de contar as luas.
Faço o trajeto inverso das minhas opções, dispo minhas intenções e não antecipo mais desejos. Estranha liberdade. Bendita liberdade.
Um comentário:
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Minhas saudações.
António Batalha.
Peregrino E Servo
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