quinta-feira, 19 de abril de 2012

FELIZ DE GRAÇA

Ela caminhava assim com aquele sorriso enorme e pouco discreto. Estava tão feliz que tinha receio de ofender alguém. Tão feliz que quase cantava mesmo sabendo-se desafinada, mas arriscou uma melodia íntima, confidencial, contida na sua mente e fugitiva em seus olhos:

Hoje eu não vou sozinha
porque estou tão feliz que já não sou uma só
Vou por onde haja luz
porque estou tão radiante que não quero chocar as sombras
Vou para encontrar alguém
porque  tudo é tanto que não pode ser contido só em mim
Vou seguindo o que não tem explicação.
porque dentro de mim há o mundo todo e muito mais
Vou e te convido
porque até a felicidade pesa um pouco
Vou e te dou a mão
porque te prometi que seria assim
Vou e aceito ainda mais
porque meu destino é este: ser feliz!

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