sexta-feira, 2 de setembro de 2011

LUA EXTINTA

Continuo procurando  pela lua, pelo mistério materno. Já nem sei se quero encontrar suas marcas em minha vida, embora sinta os contrastes da magia em minha própria carne.
Se amanhecer rápido demais, terei os olhos ainda mais despertos. Há multidões de sonhos à minha espera. Aguardarei tua volta até a próxima esquina, depois já terei ido embora. Talvez me encontre em outra rua brincando de amarelinha. Não ria, então. Sou ainda uma menina com sonhos adolescentes e medos infantis. Mesmo que o meu corpo denuncie maturidade de mãe, sou ainda uma menina que prefere rir a chorar, brincar a perder. Por isso, é muito fácil para mim perder o que mais quero. Por isso mesmo, é fácil demais perder a mim mesma.
Eu não estou dizendo adeus. Nem mesmo até logo. Basta de promessas. É muito mais do que isto. Ficarei por perto observando e quando me cansar, tentarei a distância.
Não há surpresa em parte alguma. Não peço bis nem aplausos. Peço uma lua cheia. Uma lua que me devolva a fecundidade de ideias e sentimentos. Uma lua que reflita minha imagem de menina.

Nenhum comentário: