quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ENTRE AS PALAVRAS

Esticou os braços empurrando todos os livros e papéis para longe. O dia não parecia nada propício para o estudo. Olhou para a janela e sentiu inveja do lado de lá.
Tinha tanto por dentro que parecia não ter fim. As palavras virando poemas, pensamentos conspirando com sentimentos, ameaças de abandono tomando corpo. Tudo porque o silêncio a levava a pensar... e pensar nunca a tornou mais feliz.
Saudades dele. Saudades de repente. Das palavras, do papel que podia desempenhar só com ele. Da alegria que brotava do momento seguinte da sua aparição.


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