sexta-feira, 28 de setembro de 2012

À SEXTA O QUE É DE SEXTA

Não sei como te dizer isso, mas lá vai. Temos de conversar. É, não dá mais para adiar. Fim de semana chegando, a agenda repleta daqueles eventos que não pude cancelar e a geladeira vazia pra completar. Dá pra encarar? Não, não dá. Então, melhor acertarmos logo isso  antes que comece a chover. Porque vou sair. Está escutando os acordes? Então, são os primeiros compassos da trilha sonora do resto da minha vida. Sejamos breves.
Não estou contando contigo. É isso, simples assim. Na minha conta, não há mais adição de teu sal. Nem açúcar. Mas também nunca foste doce nesta história. O que importa? Desde que retire tuas lembranças do meu enredo e pare de assinalar vitórias onde só há sombras. Bastou pra mim. Já estou atrasada. Perdi tantas caronas do destino, tantos galopes do acaso. Não tenho tempo para rever tuas opções. Elas simplesmente não existem mais.
Claro que entendo que foi tudo muito de repente. Nem começamos e já acabamos. Gosto de narrativas curtas, densas e que acabam antes do tédio se instalar entre as linhas. Não merecia isso? Talvez, eu tenha mesmo exagerado no desfecho das suas expectativas. O que fazer? A heroína sempre deve sobreviver e brilhar no epílogo. Antes teu fim do que o meu.
Não, não sinto muito. Eu sinto pouco. Pouquíssimo no momento. Culpa tua. Sorte nossa. Ah, deixemos de bobagem. Um abraço e fim. Já te roubei também. Minhas nuvens não vão te seguir. Ficamos por aqui. Quer dizer, eu não. Estou indo acompanhar beijos.


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